Multiplicam-se com força nas redes sociais, em especial no Facebook, grupos cujo público-alvo são os responsáveis por crianças e por adolescentes. Vários deles são administrados por pessoas que, independente da sua área de atuação, têm o objetivo de não apenas divulgar eventos e/ou produtos, mas também de fomentar discussões relevantes, promover debates e compartilhar experiências. E isso é bom.
Muitos pais e mães de primeira viagem – ou até de segunda, de terceira ou de quarta – veem nesses grupos uma forma de acalentar seus corações inquietos, afinal, eles podem ficar mais tranquilos ao saber que a realidade que vivem é comum a outras famílias: dificuldades de aprendizagem, conflitos nos relacionamentos, situações de indisciplina, problemas relacionados a vícios etc.
Entretanto, é preciso ter cuidado ao procurar ajuda virtual. Não é raro alguém pedir indicação de remédios, por exemplo, apenas pela descrição de sintomas. Nessas horas, não faltam os que têm boa intenção e incorporam o médico de plantão. Aparecem diagnósticos, sugestões de medicamentos e de tratamentos. Ou seja: um risco enorme à saúde dos pequenos.
Ou quem sabe o adulto responsável exponha publicamente uma insatisfação com a escola do filho sem ao menos ter conversado com alguém da instituição. Aí surgirão os comentários cheios de indignação e julgamento, vindos de quem nem sabe ao certo sobre o que está opinando.
A vida em coletividade no mundo virtual pode ser prazerosa e até proporcionar benefícios. Além disso, confessar em praça pública virtual uma fraqueza, pedir um conselho, compartilhar medos não são um problema se houver bom senso.
Crianças e adolescentes nem sempre o têm, mas adultos carregam a responsabilidade de usá-lo sem moderação.