Aprender a respeitar regras é um exercício de cidadania

Por estarem em um período da vida em que qualquer cobrança vira sinônimo de chatice, muitos alunos do Ensino Médio se incomodam quando precisam obedecer a normas estabelecidas pelo colégio onde estudam. E há pais ou responsáveis que reforçam essa postura. São os que, infelizmente, não aprenderam que a vida em coletividade é exigente.  E uma escola onde os alunos determinam o que pode – ou não – ser feito ajuda a formar adultos imaturos, irresponsáveis e descomprometidos.  Até arrogantes, afinal, alguém que não quer seguir regras sociais geralmente se sente superior aos demais.

Mas é claro que, para quem educa, não é tarefa fácil ensinar a meninada a cumprir as determinações estabelecidas pelo Regimento Escolar, que é um documento administrativo e normativo fundamentado na proposta pedagógica e que coordena o funcionamento de uma escola. Nele constam, por exemplo, o uso do uniforme, orientações sobre avaliação e punições para casos de indisciplina. Cada instituição elabora o seu e se espera que siga princípios de gestão democrática. Ou seja: todos precisam ter vez e voz. Mas esse processo o qual permite que os envolvidos possam falar e possam ser ouvidos precisa ser feito com bom senso. O professor é autoridade na sala de aula e isso é indiscutível. Entretanto, é claro que, em alguns casos, o mestre pode cometer excessos. Professores são falíveis e admitir essa  fragilidade é prova de sensatez.

Entretanto, fora essas exceções –  quando os profissionais da educação erram -,  nas outras situações é preciso ter a parceria da família. Cabe aos pais ensinar seus filhos a respeitar e cumprir as regras escolares. Elas existem por bons motivos: organizar as atividades e garantir uma boa convivência. Se cada um fizer o que der na telha, o caos irá se instalar. Imagine se não houvesse um controle na entrada dos alunos. Se cada um chegasse em um horário e pudesse adentrar tranquilamente ao colégio, sem dar satisfação. Imagine se, como nas novelinhas da tevê, os alunos pudessem vestir roupa de ir ao shopping para ir à escola. O clima de descontração – e de azaração – começaria no pátio e prosseguiria na hora da aula. Imagine se o uso do celular não fosse coibido. Quantas fotos e filmes tendo a sala como cenário seriam postados em redes sociais em pleno horário de estudo?

Os adolescentes passam boa parte do seu tempo no ambiente escolar e, mesmo se sentindo à vontade nele, não podem se esquecer de que um espaço coletivo precisa de regras para o bom convívio. Isso é um exercício de cidadania, é a prática do viver socialmente. E a escola pode ser a nossa segunda casa sim, mas não pode ser a da mãe Joana.

 

 

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