Ajudar faz bem

“Fazer o bem sem olhar a quem”. Mais que um ditado popular, essa frase carrega uma grande verdade, afinal, pessoas que querem ajudar o próximo não podem ter critérios de escolha. E muito menos desejo de reconhecimento ou retorno. Ter atitudes solidárias pressupõe desprendimento e sensibilidade ao outro.

E o espírito de solidariedade deve ser estimulado pela família e também pela escola. Ele pode estar em pequenas ações, às vezes no próprio núcleo familiar, e em ações maiores, como atividades em instituições filantrópicas.

Há crianças e adolescentes que, de forma muito natural, gostam de ajudar. Ajudar o irmão, o amigo, o professor, o vizinho, o morador de rua, o idoso do asilo, o menor do abrigo. Mas há aqueles que não se preocupam com as necessidades alheias, muito menos com as vontades. Sim, porque, como diz a inesquecível canção dos Titãs, “a gente não quer só comida”.

Esses meninos e meninas acabam trazendo dentro de si uma postura de indiferença ou um sentimento de egoísmo. Ao ignorarem a realidade do próximo, canalizam sua vida em seus próprios interesses. Por isso é tão importante que a família estimule o trabalho voluntário e que a escola também desenvolva ações sociais constantes. Não com a intenção de “aparecer”, mas de fazer a diferença, afinal, existe vida além do nosso umbigo.

E isso pode acontecer com o envolvimento da instituição com projetos sociais da comunidade. Um exemplo é a parceria que o Colégio Platão fez com alunos do primeiro ano do curso de Medicina da Universidade Estadual de Maringá, os quais estão organizando o “Trote Solidário Larissa Yoshizawa”.

A Larissa foi uma estudante da turma 23 que, no terceiro ano, morreu por causa de um câncer raro e agressivo. Como a luta dela foi muito inspiradora, surgiu a ideia de homenageá-la. Serão arrecadados alimentos, roupas, fraldas, produtos de higiene entre outros itens. Também será feito um trabalho para incentivar a doação de sangue, de medula e de cabelo para a confecção de perucas. Pacientes do Hospital Universitário e pessoas assistidas pelo Núcleo Social Papa João XXIII e Entidade Ecumênica de Amor ao Próximo serão os beneficiados. E, para divulgar a ação, um grupo de alunos do curso de Medicina esteve hoje no Platão. Duas delas, inclusive, a Sara e a Marcela, foram nossas alunas.

Todos os dias, acordamos para escrever um capítulo da nossa história. Olhar para o lado e perceber que alguém também faz parte dela é um gesto nobre e dá mais sentido à nossa trajetória.

Porque ajudar faz bem.

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